Jah sabe o quanto adoro as inovações advindas da tecnologia; a cultura de blogs revolucionou as relações de escrita/leitura no mundo inteiro. Hoje em dia não precisamos de uma editora para publicar o que escrevemos, nem de livrarias e bibliotecas para ler coisas realmente interessantes - está tudo aqui, agora e ilusoriamente de graça!
Porém, há algo de conservador quanto a isso tudo em mim. Tenho o maior apreço por blogs de conteúdo e linguagem interessante ao que se prestam, mas ainda assim desejo por uma profundidade que ainda é difícil encontrar na internet. Todo conservadorismo, por um certo ângulo, é preconceituoso e talvez por isso torça o nariz para quando alguém considere a atividade de "blogueiro" como sua prima atividade. Quantos realmente põem isso no campo "profissão" das fichas cadastrais? Quantos realmente sustentam a vida com dinheiro de blogagem?
Contudo, o maior problema da "profissão blogger" é o total despreparo de muitos dos ditos-cujos para simplesmente escrever, sobre o que quer seja. Veja bem, posso estar entrando num campo minado por mim mesmo, mas como se prestar a escrever se você não é capaz de abstrair críticas, algumas vezes, direcionadas exatamente para você? Há blogs que adoro ler, mas meus dentes rangem quando leio alguma resposta do blogueiro em relação a alguma crítica cheia de egocentrismo e auto-comiseração.
Por exemplo: tenho gostado muito do Só Prazamigas, que seguindo o mote do antigo blog de seu criador [o Meu Melhor Amigo Gay], dá dicas de relacionamento e sexo pras meninas na perspectiva do homem gay. Então, dia desses li um post em que uma garota esculhambava o blogueiro por seu discurso misógino e despreparado quanto ao trato da sexualidade. Obviamente, a crítica foi rechassada com escracho, o que na minha opinião seria um ótima oportunidade de auto-análise e, a partir disso, rebater a crítica com mais classe. O autor, Ande Texeira, tem um ótimo senso de humor, escreve bem, e mesmo que a crítica estivesse [até certo ponto] fora do contexto do blog, ele realmente não tinha o respaldo teórico para escrever sobre o que escreve e ser levado a sério.
É uma questão básica de auto-crítica. O problema de blogueiros é que somos os futuros jornalistas; mas, se antes tinhamos que ir pra faculdade [por pior que ela fosse] para aprendermos sobre regras básicas de Produção Textual, Ética, Filosofia e termos o mínimo de contato com as teorias sociais [da comunicação ou não], agora qualquer um de nós pode ter milhares de leitores e de repente virar formador de opinião. O pior é quando veículos de comunicação "sérios" contratam tais escritores, apenas para angariar ibope. Dia desses travei uma discussão twíttera com um que escreveu para o Folha Online uma suposta crítica do clipe de Alejandro, que era nada mais que uma compilação de tweets sobre o clipe que pipocaram na twittosfera. Quando fui ver a credencial da criatura: BLOGUEIRO!
#meucu!
E se antes o problema do mundo era que jornalistas formavam opinião, a tendência agora é que blogueiros formem opinião! E agora, você entende porque meu conservadorismo entra em cena?
Porém, há algo de conservador quanto a isso tudo em mim. Tenho o maior apreço por blogs de conteúdo e linguagem interessante ao que se prestam, mas ainda assim desejo por uma profundidade que ainda é difícil encontrar na internet. Todo conservadorismo, por um certo ângulo, é preconceituoso e talvez por isso torça o nariz para quando alguém considere a atividade de "blogueiro" como sua prima atividade. Quantos realmente põem isso no campo "profissão" das fichas cadastrais? Quantos realmente sustentam a vida com dinheiro de blogagem?
Contudo, o maior problema da "profissão blogger" é o total despreparo de muitos dos ditos-cujos para simplesmente escrever, sobre o que quer seja. Veja bem, posso estar entrando num campo minado por mim mesmo, mas como se prestar a escrever se você não é capaz de abstrair críticas, algumas vezes, direcionadas exatamente para você? Há blogs que adoro ler, mas meus dentes rangem quando leio alguma resposta do blogueiro em relação a alguma crítica cheia de egocentrismo e auto-comiseração.
Por exemplo: tenho gostado muito do Só Prazamigas, que seguindo o mote do antigo blog de seu criador [o Meu Melhor Amigo Gay], dá dicas de relacionamento e sexo pras meninas na perspectiva do homem gay. Então, dia desses li um post em que uma garota esculhambava o blogueiro por seu discurso misógino e despreparado quanto ao trato da sexualidade. Obviamente, a crítica foi rechassada com escracho, o que na minha opinião seria um ótima oportunidade de auto-análise e, a partir disso, rebater a crítica com mais classe. O autor, Ande Texeira, tem um ótimo senso de humor, escreve bem, e mesmo que a crítica estivesse [até certo ponto] fora do contexto do blog, ele realmente não tinha o respaldo teórico para escrever sobre o que escreve e ser levado a sério.
É uma questão básica de auto-crítica. O problema de blogueiros é que somos os futuros jornalistas; mas, se antes tinhamos que ir pra faculdade [por pior que ela fosse] para aprendermos sobre regras básicas de Produção Textual, Ética, Filosofia e termos o mínimo de contato com as teorias sociais [da comunicação ou não], agora qualquer um de nós pode ter milhares de leitores e de repente virar formador de opinião. O pior é quando veículos de comunicação "sérios" contratam tais escritores, apenas para angariar ibope. Dia desses travei uma discussão twíttera com um que escreveu para o Folha Online uma suposta crítica do clipe de Alejandro, que era nada mais que uma compilação de tweets sobre o clipe que pipocaram na twittosfera. Quando fui ver a credencial da criatura: BLOGUEIRO!
#meucu!
E se antes o problema do mundo era que jornalistas formavam opinião, a tendência agora é que blogueiros formem opinião! E agora, você entende porque meu conservadorismo entra em cena?
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