Se tem 1 coisa que eu, de uma família repleta de típicos machos, escutei nessa vida foi: NOOOOSSAAAA!! Mas, fulana é um MULHERÃOOOOO! Ser mulherão era, devido a minha existência pré-silicone, essencialmente, ter bunda.
Embora não tenha quem diga hoje, mas, eu era um mulherão, e chamava muito a atenção. E eu odiava, porque me parecia que, se a palavra tinha que ser assim, ENORME, era porque meu lugar e importância eram, na verdade, pequenos.
Eu que era nova, mas nunca fui burra, entendi cedo que nomear de MULHERÃO, implicava em reduzir a mulher em um objeto palpável, no caso seu corpo, ou em partes dele, o que na prática significa minimizá-la. Os mulherões tornam-se, na verdade, mulherzinhas, reduzidos a brinquedos fetichistas masculinos, consumidas ao vivo ou em revistas, enquanto elas, iludidas pelo objeto maior do fluxo do desejo em nossa sociedade, odinheiro, estampam orgulhosas as infinitas intervenções cirurgicas na busca incessante pelo falo real e imaginário, fragilizadas e aprisionadas na condição do próprio corpo e de impor o feminino.
Para mim, ser mulherão é inserir-se no simbólico: assumir o feminino como uma condição e não como disputa que reproduz os mesmos padrões de comportamento masculino, é ter em seu corpo a certeza de que, mais que ser bonito, é parte da minha trajetória existencial e escolhas e não condição para elas. Estou no mundo e posso me apropriar dele, mesmo sem alguém ao meu lado.
E hoje, com bunda, peito, cintura e cérebro, me orgulho em dizer: sou um mulherão, mais macho que muito homem e mais feminina que muita histérica.
E ainda dizem que o Freud não tinha razão...
Embora não tenha quem diga hoje, mas, eu era um mulherão, e chamava muito a atenção. E eu odiava, porque me parecia que, se a palavra tinha que ser assim, ENORME, era porque meu lugar e importância eram, na verdade, pequenos.
Eu que era nova, mas nunca fui burra, entendi cedo que nomear de MULHERÃO, implicava em reduzir a mulher em um objeto palpável, no caso seu corpo, ou em partes dele, o que na prática significa minimizá-la. Os mulherões tornam-se, na verdade, mulherzinhas, reduzidos a brinquedos fetichistas masculinos, consumidas ao vivo ou em revistas, enquanto elas, iludidas pelo objeto maior do fluxo do desejo em nossa sociedade, odinheiro, estampam orgulhosas as infinitas intervenções cirurgicas na busca incessante pelo falo real e imaginário, fragilizadas e aprisionadas na condição do próprio corpo e de impor o feminino.
Para mim, ser mulherão é inserir-se no simbólico: assumir o feminino como uma condição e não como disputa que reproduz os mesmos padrões de comportamento masculino, é ter em seu corpo a certeza de que, mais que ser bonito, é parte da minha trajetória existencial e escolhas e não condição para elas. Estou no mundo e posso me apropriar dele, mesmo sem alguém ao meu lado.
E hoje, com bunda, peito, cintura e cérebro, me orgulho em dizer: sou um mulherão, mais macho que muito homem e mais feminina que muita histérica.
E ainda dizem que o Freud não tinha razão...
ehhh que a mulherada sempre é assunto né! e por sua frase final que você é uma das mulheres bombásticas da minha vida! bjo ameeeeegaaaa!!
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