13 de julho de 2010

"It's Alive! It's Moving!"


O melhor de O Bebê de Rosemary [Rosemary's Baby, 1968 - EUA] é que você ainda pode pensar o que quiser do filme; tudo cabe! Sim, havia um culto saltânico... não, ela tava looooooca! Tudo pode porque Polanski, gênio que é, nunca nos diz o que devemos pensar.

Rosemary é a segunda parte de uma trilogia informal sobre horrores psicológicos em apartamentos e loucuras urbanas. Quem assisti-lo, note como o principal da ação acontece em apartamentos amplos, mas ainda assim muito fechados e artificialmente iluminados. O principal, os do Woodhouse, começa light e aberto e conforme observamos Rosemary ele vai se tornando tão obscuro quanto sua mente. Mas a maravilha que Polanski faz com sua câmera está nas cenas de locação, numa Nova York cinzenta de inverno, com planos fechados e close-ups quase invasivos nas personagens, causando uma sensação claustrofóbica mesmo quando do lado de fora.

As outras partes da trilogia são Repulsa Ao Sexo [Repulsion, 1965 - Reino Unido], com uma nova e fantástica Catherine Deneuve representando uma jovem sexualmente reprimida, e O Inquilino [Le Locataire, 1976 - FRA], sobre um burocrata tímido que se muda para um apartamento no qual o inquilino anterior cometeu suicídio. O primeiro [tem na Canal 3] não é tão sutil e ambíguo como Rosemary, mas é tão fantástico quanto; enquanto o segundo mencionado é quase uma raridade nas locadoras que conheço, apesar de facilmente encontrado na internet.

Um comentário:

  1. Eu acho que a Mia e suas caras de horror fazem do filme ser o que é: ótimo!

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