Pelo título do blog, eu tenho que ter pelo menos um post emo, então vamos a ele.
Viver para mim é difícil. Não sou suicida, não penso em me matar, vocês vão ter que me aguentar um longo tempo ainda, mas não acho que a vida é bonita, é bonita e é bonita (aliás, só gente fodida canta essa música, mais motivos para eu não gostar). Acho que a gente sobrevive apesar de tudo, e inclusive cria as fantasias de felicidade, amor eterno, amor materno incondicional para suportar o hard core que de fato a vida é.
Porém, mais que fantasias, afinal fazer análise te tira do pais das maravilhas, há 2 questões para mim fundamentais e que me sustentam: humor e glamour.
Amo almodóvar, pois ele conseguiu captar a essência de ambos. O sofrimento em seus filmes é escrachado, bombástico, cru, mas glamouroso, chique, dramático das interpretações às cores dos figurinos.
Eu faço questão de conviver com gente bem humorada e glamourosa e não falo de gente "engraçadinha", que eu detesto e nem de fashion victims. Falo de gente com atitude, com postura diante da vida, capaz, antes de tudo, de ser um critico de si mesmo.
Ter senso de humor é enxergar o mundo para além da primeira lente, ver as possibilidades de se divertir apesar dos poucos recursos ante a dor e a finitude, é ver que a tragédia só nos dói porque também, sem as firulas que a gente inventa, é muito engraçada.
O glamour é a reinvenção de si mesmo, é potencializar pontos que te fazem mais forte esteticamente e diante da vida, é seduzir seu próprio corpo em favor de algo que ele violentamente lutaria contra, se se deixasse levar pela realidade do que é a vida.
Por isso, diante dos meus dilemas, o choro só vale se o rímel borrar como diva, o corset se afrouxar, exausta, e a meia 7/8 de seda prender naquela pontinha da cadeira, no momento do desepero, e fizer um rombo enorme.
E como já diria Bette Davis: LEAVE ME ALOOONEEE!!! Porque ter franja e maquiagem é só para os fortes!
ainda acrescento o se jogar contra a porta e descer em câmera-lenta até o chão.
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